No universo dinâmico dos investimentos, uma variedade de profissionais se dedicam a auxiliar investidores individuais. Cada especialista possui atribuições e responsabilidades distintas, que desempenham papéis fundamentais na relação com o investidor. Neste post, vamos explorar as diferentes funções e obrigações desses profissionais, esclarecendo como cada um pode influenciar suas decisões financeiras.
O Agente Autônomo de Investimentos (AAI) é um profissional pertencente ao sell side(sell side é formado por instituições e agentes que atuam na posição de vendedores perante os investidores, seja de investimentos, seja de informações), regulamentado pela Instrução CVM n. 497/11 e credenciado pela ANCORD. Esse profissional pode ser tanto uma pessoa física quanto uma pessoa jurídica, contanto que seja composta exclusivamente por sócios que sejam AAIs individualmente.
Embora frequentemente usados como sinônimos, é importantíssimo distinguir entre “Assessor de Investimentos” e “Consultor de Investimentos”. Enquanto ambos podem “recomendar” investimentos, a natureza dessa recomendação varia. Um AAI pode indicar um ativo para venda, já um consultor orienta onde adquiri-lo. Em ambos os casos, a decisão final de compra ou não é do investidor.
Contrariamente ao que muitos pensam, o serviço do AAI não é gratuito. Embora o investidor não pague diretamente ao AAI, este é remunerado através de uma porcentagem da taxa recebida pela corretora, deduzida do valor investido pelo cliente. A analogia pode ser feita com um vendedor de uma loja de roupas: você paga pela roupa, mas o vendedor recebe sua comissão da loja.
No mundo dinâmico dos investimentos, a figura do Analista de investimento se destaca como um pilar fundamental para muitos investidores. Mas o que exatamente faz um analista e como ele se enquadra no universo regulamentado dos investimentos? Vamos explorar!
Primeiramente, é importante entender que a atividade de análise de investimentos está rigorosamente regulamentada pela Instrução CVM 598/18. Além disso, os profissionais que exercem essa função são credenciados e supervisionados pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec). Seja pessoa física ou jurídica, é imperativo que esses analistas estejam devidamente registrados perante os órgãos reguladores.
Os analistas não estão vendendo ativos em si, mas sim informações valiosas sobre eles. Através da elaboração de relatórios de análise técnica, esses profissionais oferecem insights baseados em técnicas e informações públicas sobre empresas e o mercado em que operam. Esses relatórios podem conter recomendações de compra ou venda, mas é vital entender que essas recomendações são baseadas no ativo e não no perfil específico de um investidor.
É essencial destacar que os relatórios de análise não são personalizados para atender a perfis individuais de risco. Um analista ao recomendar uma ação não considera o perfil específico do investidor. Isso porque a atividade do analista está focada exclusivamente na análise de valores mobiliários e não na recomendação de investimentos personalizados.
Relatórios de análise podem assumir várias formas, desde textos e estudos até apresentações e vídeos. No entanto, é fundamental compreender que esses relatórios servem como uma fonte valiosa de informação para a tomada de decisões de investimento. No entanto, a decisão final deve considerar outros fatores, como o perfil de risco do investidor e condições macroeconômicas.
No universo dos investimentos, o papel do Consultor de Investimentos é primordial para orientar e aconselhar os investidores de maneira eficaz. Mas o que exatamente esse profissional faz e como ele se diferencia de outros papéis no mercado financeiro? Vamos explorar isso!
Primeiramente, é vital entender que o Consultor de Investimentos pertence ao lado comprador do mercado, conhecido como “buy side”. Esses profissionais trabalham para instituições ou atuam como agentes autônomos, prestando serviços diretos aos investidores. A relação entre o consultor e o cliente é formalizada por meio de um contrato de consultoria, e todas as atividades estão em conformidade com a instrução CVM n° 592/17.
Um ponto a se observar é a distinção entre o Consultor de Investimentos, o Agente Autônomo de Investimentos (AAI) e o analista. Enquanto o consultor oferece orientação e recomendações independentes e individualizadas, o AAI pode ter vínculos com uma corretora específica, limitando suas recomendações aos produtos daquela plataforma.
Uma característica fundamental do trabalho do consultor é a independência em suas recomendações. Sem qualquer vínculo com instituições financeiras, o consultor busca sempre o melhor para o cliente, considerando todas as oportunidades disponíveis no mercado. É importante ressaltar que a decisão final de investimento sempre permanece nas mãos do cliente.
Dada a natureza independente das recomendações, os consultores tendem a adotar uma abordagem de longo prazo em vez de tentar prever movimentos de curto prazo do mercado. Isso se deve à natureza deliberada e planejada das recomendações, diferenciando-se de estratégias baseadas em “market timing”.
Antes de fazer qualquer recomendação, é imperativo que o consultor conduza um processo de suitability, avaliando o perfil de risco do cliente. Isso garante que as recomendações se alinhem com os objetivos e tolerâncias de risco individuais do investidor.
Por fim, o consultor sempre estabelece um contrato claro com seus clientes. A remuneração geralmente é baseada em taxas fixas ou percentuais sobre os recursos gerenciados, assegurando uma relação transparente e direta com o cliente.
Se você já mergulhou no universo dos investimentos, certamente já ouviu falar sobre a figura do gestor de recursos. Mas você sabe exatamente o que ele faz e como se diferencia de outros profissionais do mercado financeiro? Vamos explorar esse tema com mais profundidade!
Primeiramente, é importante destacar que o gestor de recursos opera sob a regulamentação da Instrução CVM 558/15. Esta atividade não é exclusiva de pessoas físicas; empresas também podem exercê-la. Tecnicamente, a gestão de recursos é uma vertente da categoria mais ampla conhecida como “Administrador de Carteira de Investimentos”.
Além do gestor de recursos, outro profissional relacionado é o administrador fiduciário. Este último desempenha um papel essencialmente operacional e de retaguarda, sendo fundamental para o funcionamento adequado dos fundos de investimento.
O essência da gestão de recursos reside na capacidade de tomar decisões estratégicas de investimento. Enquanto consultores de investimento oferecem recomendações, são os gestores que tomam as decisões finais sobre como alocar os recursos sob sua responsabilidade. E aqui está a distinção crucial: não há uma exigência normativa que obrigue o gestor a obter aprovação prévia do cliente para suas decisões, embora isso possa ser estabelecido contratualmente.
Os gestores de recursos têm uma gama de opções em termos de atuação. Eles podem gerir recursos para fundos de investimento ou atuar diretamente com pessoas físicas e jurídicas através do que chamamos de “carteiras administradas”. Vale ressaltar que, embora estejam predominantemente do lado comprador (buy side), eles também têm a capacidade de distribuir cotas dos fundos que gerenciam, afinal, são os profissionais mais familiarizados com os detalhes e nuances desses produtos.
Fonte: https://www.gov.br/cvm/pt-br
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